domingo, 3 de abril de 2011

DADGAD e Bons Resultados. . .

Tenho tocado numa formação de trio, e antes de começar a ensaiar com esse grupo de músicos (bateria e Baixo), um dos meus maiores receios era de não conseguir um resultado satisfatório em termos de peso, pelo fato de estar tocando violão (acoustic guitar).


Sou guitarrista, mas não queria, pra essas canções, a guitarra na frente, e também não queria afinar a guitarra elétrica em DADgad, toco coisas rápidas, afinar a guitarra em DADGAD me obrigaria a ter que alterar calibre de cordas, por que a afinação de DADgad requer calibres mais densos, definitivamente não estou à vontade em alterar a afinação convencional na minha guitarra elétrica, queria ouvir o violão mordendo, mas tinha medo de como isso ficaria dentro de um contexto com uma bateria agressiva e um contrabaixo rocando pra valer. . .


Mas a medida que começamos a ensaiar, fui me surpreendendo a cada canção, por que o violão tem soado muito bem, os harmônicos que são gerados apartir dos acordes (que toco) em DADGAD preenchem todo espaço da canção, sem a necessidade de me preocupar em agregar outros instrumentos, e isso tem sido tão legal que tenho inclusive, a possibilidade de incoporar partes de guitarra elétrica rock (com muita distorção) em trechos específicos da canção, muito mais como um recurso a sublinhar e evidenciar partes específicas, o difícil é tocar os 2 juntos, não tem sido fácil apesar de dominar as 2 afinações, por hora me enrolo, especificamente em partes, onde as trocas entre instrumentos são muito rápidas, mas estamos limpando isso com muito ensaio.


Em outras palavras consigo o resultado que pensava no DADGAD com o violão (acoustic guitar) na frente, e usando de quebra a guitarra (como um elemento surpresa) em partes que quero evidenciar. Estou feliz com o resultado, por que em baladas consigo um espectro fantástico nas aberturas de acordes maiores e menores com 6as e 7as. muitas 9as. e 4as e toda sofisticação e leveza para essa estética, enquanto as coisas mais densas consigo muito peso, mas um peso sem ter que pisar num pedal de distorção, um peso consistente, que vem das dobras de harmônicos naturais da baixa afinação , da combinação das 5as em (6D e 5A) e 8as de (6D e 4d), isso sem contar um intervalo de 2M que posso utilizar em praticamente todos os acordes maiores e menores, além de outros segredos de pontas e bordões que dão aquele brilho na canção. . . e lógico a possibilidade de usar uma guitarra elétrica junto fazendo apoios e empurrando rock n roll em pontos específicos.


Espero em breve ter algo bem legal pra colocar aqui pra vocês ouvirem, assistirem. . . enfim. . .


Abraço

EllyAguiar